Guilherme Carraro conta um pouco sobre o processo de criação de seu livro "O Formigueiro"

Fomos no lançamento do livro "O Formigueiro" e conversamos com o autor e jornalista Guilherme Carraro, sobre como foi o processo de criação e pesquisa para o livro, que relata um crime real que aconteceu na cidade de Curitiba em 2017. A trama traz depoimentos e fatos reais do acontecimento, tornando a trama bem imersiva e com suspense na medida certa.
Guilherme Carraro - Foto Carol Soares
Guilherme nos contou que se interessou em contar a história desse crime por não ter um desfecho comum e não ser resolvido como a maioria dos crimes.

"Nos crimes comuns geralmente as pessoas se entregam, já esse foi um crime que demorou 6 meses para ser resolvido e com muitas reviravoltas(...) Eu queria mostrar uma história diferente, esse crime foi praticado por 2 pessoas, uma delas uma pouco mais fria, a outra mais tranquila, sendo que geralmente são cometidos por uma pessoa só, ou marido com ciúmes, ou coisas assim. O livro também mostra a questão do preconceito, um dos suspeitos era viciado em craque e aborda mais coisas nesse sentido. Eu quis mostrar esses vários aspectos diferentes e não falar sobre um crime de um assassino em série por exemplo,  que é uma história mais comum."

O autor também falou um pouco de como foi o processo de pesquisa para fazer a narrativa. Tendo acesso a vários dados do caso, a história ficou bastante realista, trazendo o leitor para dentro das cena do crime.

"Foi uma apuração de documentos, inquérito policial, entrevistas com familiares e detetives que acabaram sendo mais imersivas. Com isso fui conseguindo mais detalhes da vida dos envolvidos, quais são seus trejeitos, que tipo de roupas vestiam, algum vício de linguagem que pudesse ter e nisso foram sendo construídos os personagens. Teve também o estudo detalhado do inquérito policial, que tinha 800 páginas. Tive acesso aos depoimentos, imagens de câmeras de segurança, fotos do crime, então foi bem interessante essa parte de pesquisa."

Segundo Carraro, sua trajetória foi inspirada em grandes nomes da literatura mundial como S. Scott Fitzgerald, autor de livros como Este Lado no Paraíso (1920) e Arthur Conan Doyle, o famoso criador do detetive Sherlock Holmes, dentre outros grandes personagens. 

Apesar de ser um grande entusiasta do gênero “jornalismo literário”, estilo pelo qual se interessou através de sua atuação como jornalista e, no qual se enquadra O Formigueiro, o autor não pretende parar aí e tem a intenção de explorar gêneros como o romance, por exemplo.

O livro já está disponível e você encontra todos os detalhes nas redes sociais do autor




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