Padrinho Cultural faz festa em Curitiba para comemorar seus 21 anos

Namastê, Djambi, Gazu e Makoto serão as atrações musicais do dia 9 de outubro, no Tork’n’Roll. A intenção é levantar fundos para que o projeto, que leva arte e cultura para pessoas sem acesso a elas, consiga continuar.
Banda Namastê - foto by Rodrigo Massinhan
Perceber o abandono cultural que vicejava na periferia de Curitiba e Região Metropolitana motivou o músico Celso Amorim a criar o "Padrinho Cultural,  a arte que vê cara, voz e coração",  há 21 anos. Para celebrar a maioridade será realizada uma festa no próximo dia 9, no Tork’n’roll, em Curitiba. As atrações musicais são Namastê, DJambi, Gazu (ex-Dazaranha), Makoto (ex- Afrikan Band).

Os ingressos custam R$40 . Na venda antecipada custa R$20 (+ 1kg de alimento). A intenção é levantar fundos para que o projeto que já atendeu mais de 40 mil pessoas consiga continuar. Atualmente, o Padrinho mantém três grupos de teatro e um orquestra de violões, no Litoral do Paraná.

Porém, as dificuldades bateram na porta de seu idealizador e Amorim diz que a continuidade do projeto depende muito dessa festa. “Minha vida é dedicada ao Padrinho cultural 24 horas por dia. Acabei esquecendo do Celso”, diz ele, que chegou a deixar de pagar conta para investir no projeto. Em sua história, o Padrinho Cultural já ofereceu, além das aulas de música e teatro que seguem em atividade, dança, ioga, inglês, italiano, musicalização e coral para crianças e adolescentes.
Crianças do projeto Padrinho Cultural
Tudo começou com 15 alunos, número que em três meses ultrapassou as 200 crianças participando das atividades no Jardim Caiuá, bairro curitibano onde iniciou o projeto, que logo se espalhou por outros bairros e cidades e se abriu para pessoas de todas idades.  O Padrinho Cultural é uma entidade sem fins lucrativos que depende exclusivamente de apoios. A iniciativa já conquistou prêmios importantes, como figurar entre os 30 melhores projetos em concurso promovido pelo Unicef e um banco nacional. Viabilizado por parceiras com igrejas, escolas e associações de moradores, conta com professores voluntários, que recebem ajuda de custo. A venda de produtos como adesivos, camisetas, chaveiros, calendários e obras doadas por amigos parceiros de Amorim também ajudaram a manter o projeto até hoje. Outra fonte foram prêmios que ele conquistou participando de festivais de música e teatro, no Litoral do Estado.

“O Padrinho Cultural vai até os bairros, entra em comunidades que não têm acesso à cultura, regiões distantes sem cinema, sem teatro, com, no máximo, um campinho de futebol. Quando você oferece música e teatro chove gente interessada”, conta.  Outro lado legal é o efeito do projeto nas pessoas que participam. “Atrai gente legal. E as crianças se sentem importantes quando a gente faz um trabalho em prol de comunidades. Criou-se uma consciência muito legal nesses adolescentes”, observa.

São muitas histórias que o emocionam para contar. Como a de Thiago, garoto de 10 anos que chegou com um violão todo estropiado. Juntaram os R$2 que o menino tinha com os R$3 que o professor encontrou no bolso compraram cola super bonder e é com este violão colado que o garoto está aprendendo a tocar. “É isso que me move, é o brilho no olhar dessas crianças. Se tiver pessoas, o projeto já funciona; se tiver dinheiro de apoio, mais ainda. É um trabalho sério, a gente vê a evolução”.


Serviço:

Festa de 21 anos do Padrinho Cultural. Show com Djambi, Namastê, Gazu e Makoto.
Quando: Dia 9 de outubro de 2019, a partir das 18h.
Onde: Tork’n’Roll (Av. Mal. Floriano Peixoto, 1695)
Ingressos: R$40,00. Antecipado: R$20 + 1 kg de alimento.


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