Musical A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa estreía no próximo dia 03/11 em São Paulo

Musical A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa tem adaptação e direção de André Paes Leme, canções especialmente compostas por Chico César e direção musical e arranjos de Marcelo Caldi. Laila Garin é Macabéa, a mítica protagonista do aclamado romance, ao lado de Claudia Ventura e Leonardo Miggiorin.   

Musical A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa - Foto © Beto Oliveira

A idealização e produção do projeto é de Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, responsável por espetáculos como ‘Elza’, ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ‘Sísifo’ e ‘Macunaíma’. O projeto é apresentado pela BB Seguros e patrocinado pelo Banco do Brasil, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.   

Em 2020, ano do centenário de Clarice Lispector (1920-1977), uma de suas obras mais emblemáticas ganhou uma versão musical para os palcos, absolutamente original. Após estrear no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro em março, “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” teve a sua temporada interrompida pela pandemia do Covid-19. Após a pausa, o espetáculo retornou para uma temporada híbrida, entre maio e junho desse ano, seguindo todos os protocolos e lotação limitada, passando também pelo CCBB Brasília e CCBB BH.  

“O romance veio para minha estante através da minha professora, que por coincidência se chamava Laila. Ainda no percurso de “Gota D`Água”, tive a ideia de propor o projeto para a Laila Garin protagonizar, com a direção do André, que é meu parceiro teatral há 30 anos, e as músicas do Chico César, que tinha feito as canções originais do Suassuna. Essa rede afetiva e a descoberta do centenário foram os motivos perfeitos para dar mais potência ao projeto”, explica Andréa. 

“A Hora da Estrela” foi o último livro escrito por Clarice, que faleceu pouco tempo após o seu lançamento. Suas páginas narram a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia. Vista pela sociedade como uma mulher desprovida de qualquer atrativo, ela se contenta com uma existência medíocre: ganha menos do que um salário, divide um quarto com quatro pessoas, sofre com um chefe rigoroso e não atrai a atenção de ninguém. 

Na obra literária, tal história é contada por um escritor, que vê Macabéa na rua e resolve narrar a vida de uma pessoa tão invisível, comum e sem brilho, em um exercício de alteridade. Para esta nova versão teatral, André Paes Leme propõe uma inversão e essa figura do escritor se transforma em uma atriz. Desta forma, Laila Garin tem o desafio de se alternar entre a Macabéa e a Atriz, que não somente narra, mas também comenta e lança uma série de questões ao longo da encenação. 

“O trabalho de adaptação não é de reescrever o texto. É o trabalho de transportar o universo sem estar aprisionado a qualquer palavra, através da edição e deslocamentos de episódios. Houve também a recondução dos textos do escritor para a atriz”, conta o diretor, que tem longa experiência na transcrição de livros para o palco, no que se convencionou chamar de ‘romance em cena’. Seguindo essa tradição, ele não somente faz uso de diálogos, mas coloca os atores como narradores, enquanto contracenam, fazendo uso de frases na íntegra do livro original. 

André Paes Leme, que já assinou elogiadas adaptações de Guimarães Rosa (‘A Hora e Vez de Augusto Matraga’) e Nelson Rodrigues (‘Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados’), teve ainda a parceria de Chico César no processo de criação. As músicas pontuam toda a dramaturgia e aparecem para ilustrar o estado emocional e o interior de cada personagem. Ao longo da montagem, as canções servem ainda para detalhar algum acontecimento e também para tirar as personagens do sofrido estágio em que se encontram, trazendo alguma fantasia para existências tão opacas. 

Chico César vem de outra experiência bem-sucedida, ao ter a literatura como base de uma criação musical para teatro. Em 2017, ele assinou a trilha de ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ao lado da Cia. Barca dos Corações Partidos. A experiência rendeu uma série de prêmios e indicações, inclusive ao Prêmio da Música Brasileira pelo álbum. ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ vai trazer mais um conjunto de canções inéditas do compositor, com trechos musicados do próprio livro e criações livres, com base no original de Clarice Lispector. 

O espetáculo marca ainda a primeira vez em que Laila Garin atua em um espetáculo de composições inéditas, produzidas ao longo do processo de ensaios. Após ser recordistas de premiações por seu trabalho em ‘Elis – A Musical’ e ‘Gota D’Água [a seco]’, Laila foi dirigida pela lendária Ariane Mnouckine em ‘As Comadres’, no início de 2019. Enquanto segue com uma série de projetos de TV, Laila se consagrou na última década como uma das grandes vozes do teatro musical brasileiro. 

“Interpretar a Macabéa, as canções de Chico e ser dirigida por André já seriam motivos mais do que especiais para estar em cena. Mas fazer “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” vai além, é um espetáculo que diz exatamente o que queremos falar neste momento. Estar em cena também como a Atriz é uma afirmação deste ato poético e político que é o teatro. É um grito de indignação com muita poesia, lutando com as armas que temos. “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” fala das pessoas supostamente invisíveis, fala de solidariedade, de olhar para o outro com afeto. Além de tudo, é uma peça sobre esperança”, analisa Laila. 


FICHA TÉCNICA - A HORA DA ESTRELA OU O CANTO DE MACABÉA 

Da obra de Clarice Lispector  

Adaptação e Direção: André Paes Leme  

Música: Chico César (canções originais) e Marcelo Caldi (direção musical e arranjos)  

Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves  

Com Claudia Ventura, Leonardo Miggiorin e Laila Garin  


Músicos   

Fabio Luna – Bateria, Percussão, Flauta e voz.   

Pedro Franco – Guitarra, Violão, Bandolim, Violino e voz.  

Pedro Aune - Baixo acústico, Baixo elétrico, Tuba e voz.  


Diretor Assistente: Anderson Aragón  

Figurinos: Kika Lopes 

Cenário: André Cortez  

Iluminação: Renato Machado 

Design de som: Gabriel D’Angelo 

Visagista: Uirandê de Holanda  

Preparação Corporal: Toni Rodrigues    

Designer de som associado: André Breda e Rodrigo Oliveira   

Assistente de figurino: Sassá Magalhães   

Assistente de cenografia e Produtora de arte: Tuca Mariana  

Assistente de preparação Corporal: Monique Ottati   

Costureira: Fatima Felix  

Tingimento de tecidos: Heloisa Stockler  

Cenotécnico: André Salles   

Equipe cenotécnica: Adriano Ferreiro, Gilvan do Carmo, Paulo Sá, Robson Silva, Ronaldo Ferrinha, Walmir Jr., Welington do Carmo. 

Diretor de Palco: Júnior Brasil   

Camareira / contrarregra: Paty Ripoll  

Operador de Luz: Rommel Equer  

Operador de Som: André Breda   

Técnico de Monitor, Microfonista e Coordenador de RF: Jorginho Baptista  


Produção  

Coordenação de Produção: Rafael Lydio  

Produção Executiva: Flávia Primo  

Coordenação de Projeto e Coordenação Administrativo-Financeira: Ágapa Criação e Produção Cultural  



Serviço:

A HORA DA ESTRELA ou O CANTO DE MACABÉA

Quinta, Sexta e Sábado às 20h00, Domingo às 18h00

3 de Novembro a 11 de Dezembro

Teatro VIVO - Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi, São Paulo - São Paulo

Ingressos entre R$ 30,00 e R$ 100,00 

https://bileto.sympla.com.br/event/76705/d/159075/s/1057209









Via press release








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