Primeiro Festival de Música Corporal de Curitiba

 Mostrar como a música é uma linguagem acessível a todos, que não exige nenhum conhecimento específico, apenas a vontade de se expressar. Este sentimento levou a musicista Andrezza Prodóssimo a criar o Baticum – Festival de Música Corporal de Curitiba, cuja primeira edição promove oficinas, shows, vivências e bate-papos em vários espaços culturais da cidade, entre os dias 19 e 27 de novembro.

Barbatuques Baticum_ Foto José de Holanda

Nesta primeira edição, o evento presta reverência a um dos pioneiros da música corporal no Brasil, o paulistano Fernando Barba, criador do Grupo Barbatuques, que faz a abertura do festival, no dia 19, com o show Barbatuquices, no Sesc da Esquina, às 18h. Entre os shows estão ainda as performances dos grupos FATO (24, às 20h, no Teatro Cleon Jacques), a Jam com professores do Festival (25, às 20h, no Teatro Cleon Jacques) e o Gumboot Dance Brasil, (26/11, às 20h, no Canal da Música), celebrando o mês da Consciência Negra.  Para estas atrações o ingresso é R$15 e R$7,50 (meia entrada) e estão à venda no Sympla.

Para as atrações gratuitas, nos dias 20 e 27, o ingresso estará disponível uma hora antes das apresentações na bilheteria do teatro.

Para Andrezza, a principal contribuição do homenageado Fernando Barba, morto precocemente aos 49 anos, em 2021, foi a democratização da linguagem musical a partir de uma prática educacional aplicável em escolas de diferentes perfis econômicos e sociais, justamente porque usa esse “corpo sonoro no fazer musical”. “Ele levou esse olhar democratizador também para as aulas dele. Ele não estabelecia diferença, estávamos todos inseridos no trabalho dele em pé de igualdade musical”, pontua ela, sobre o mestre de quem se considera uma multiplicadora. “Pra mim, a maior qualidade dele era escuta, uma escuta acolhedora pra toda musicalidade e para o fazer música em comunidade. Os ensinamentos dele me inspiram porque realmente quero que as pessoas tenham acesso a música ao perceberem o quão musicais somos todos nós” completa.


Gratuitos - O Baticum também está de olho na formação de plateia e quer trazer a criançada para perto, com a vivência de música corporal voltada para o público infantil "Onde Que Tá o Tum?, que acontece no dia 24/11, às 10h, gratuitamente, no Sesi Paula Gomes.

Gratuitos também serão os shows do dia 20 no Teatro Cleon Jacques, com o Coral Curumim (16h) e Grupo Baticum (18h), e o bate papo, com intérprete de libras, “Transversalidade da Música Corporal, que acontece no mesmo local em seguida a apresentação do Grupo Baticum. Este, aliás, é outro tema caro à Andrezza. “Pesquisando em livros didáticos notei que e a música corporal aparece mais em dança e em outras áreas, do que em música. Ela atravessa diversas áreas, bebe no teatro e no improviso, é uma criação espontânea e pode ser um instrumento importante em sala de aula, levando os professores e alunos para um lugar de criação, ao invés da mera repetição do que existe”, pontua.

No dia 27 às 11h, na Casa Hoffmann, tem outra atração gratuita, a vivência Baticum Session, um encontro entre o público e os artistas participantes do festival para uma experimentação coletiva pelo universo da música corporal


Oficinas – As inscrições para cinco oficinas ofertadas estão abertas. Abordando as diversas áreas da percussão corporal, como corpo, voz e movimento, serão ministradas por professores que são referência no assunto no Brasil e no mundo, como o músico, compositor e arte-educador André Hosoi (SP), do Barbatuques; e o norte americano Keith Terry (EUA), fundador e diretor artístico do International Body Music Festival (IBMF), percussionista e educador, em atividade há 30 anos. “São profissionais com currículos sensacionais e que fazem parte do círculo de amizades e aprendizados de Barba, inclusive o Keith, que levou o Barbatuques para o mundo. Oportunidade única de compartilhar os conhecimentos destes expoentes da música corporal mundial”, explica Andrezza.

Embora pouco reconhecido, uma movimentação em torno do tema Música Corporal está se ampliando em Curitiba e Andrezza é um dos nomes centrais desse circuito que se desdobra em várias frentes, como o festival e grupos de pesquisa. “Não precisa de nada além de você. Todas as oficinas tem esse perfil de não precisar nenhum conhecimento prévio, algo bem característico dos professores que compartilham essa vontade de aproximar, de quebrar essa ideia de que para fazer música é necessário algum conhecimento técnico”, diz. “Sempre colocam a música nesse lugar de precisar de algo que a pessoa não tem. Queremos mostrar o contrário, o quanto ela é acessível”, completa.

Baticum é um projeto realizado com recursos do programa de Apoio e Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba, com o incentivo do Colégio Positivo


Serviço:

O que: Baticum – Festival de música Corporal

Quando: 19 a 27 de novembro

Onde: diversos lugares da cidade

Informações e ingressos: linktr.ee/festivalbaticum

https://www.instagram.com/festivalbaticum/








Press release by De Inverno Comunicação - Adriane Perin









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